quarta-feira, 27 de maio de 2009

Planeamento Familíar

Como funciona o planeamento familiar?








Não importa a idade ou o sexo, todos cidadãos podem recorrer ao planeamento familiar para obter informações sobre sexualidade, métodos contraceptivos, planeamento de uma gravidez ou adopção.
Os indivíduos, ou os casais, que consultem um profissional do planeamento familiar podem adquirir conhecimentos úteis para tomar decisões importantes de forma livre e responsável.
Assim, se é adolescente e o seu corpo está a mudar, se pretende ter filhos e precisa de informações, se não sabe que método de contracepção usar ou se não consegue responder às perguntas dos seus filhos, recorra ao planeamento familiar e aconselhe-se sobre o que deve fazer.





Quem pode beneficiar dos Serviços de Planeamento Familiar?





Tanto os homens como as mulheres de todas as idades e estratos sociais precisam de cuidar da sua saúde sexual, por isso os serviços de planeamento familiar são dirigidos à população em geral.
Os serviços de planeamento familiar recebem assim um sem-número de casos, como por exemplo jovens que querem começar a ter relações sexuais, indivíduos ou casais que ambicionam ter filhos, cidadãos que pensam iniciar um processo de adopção ou pais que precisam de aprender a comunicar com os filhos sobre sexo.





Consulta de Planeamento Familiar:




A consulta do planeamento familiar é prestada por um profissional, que, de acordo com os princípios da isenção, ética e sigilo, recomenda as melhores medidas a tomar em diversos momentos das nossas vidas, segundo normas comprovadas.



Durante a visita a um serviço de planeamento familiar, o cidadão, dependendo da situação em que se encontre, deve aproveitar para:


  • Esclarecer todas as suas dúvidas sobre a forma como o seu corpo se desenvolve e funciona em relação à sexualidade e à reprodução;



  • Pedir informações sobre os métodos contraceptivos disponíveis no mercado e tentar saber qual é o mais indicado para si;



  • Conhecer as consequências de uma gravidez indesejada;



  • Aconselhar-se sobre como agir se não está satisfeito com a sua sexualidade;



  • Partilhar informações que possam conduzir ao diagnóstico de doença ou infecção sexualmente transmissível;



  • Saber que terapias de infertilidade existem;



  • Tirar dúvidas sobre esterilidade voluntária;



  • Receber gratuitamente contraceptivos que não precisem de receita médica.


Esta consulta funciona também como rastreio de patologias que são depois encaminhadas para outras especialidades da saúde, como são os casos de infecções sexualmente transmissíveis, como VIH, hepatites B e C, sífilis ou herpes genital, e de outros males como o cancro da mama e do colo do útero.



Onde encontrar o Planeamento Familiar?




O planeamento familiar está disponível gratuitamente em todos os centros de saúde e em alguns hospitais e maternidades. Recomenda-se sempre, em primeiro lugar, a visita às unidades de saúde da sua área de residência, sendo que para saber os seus contactos e localizações aconselhamos que efectue uma pesquisa no Portal da Saúde, na área “Prestadores de Serviços de Saúde”.



Pode também encontrar serviços de planeamento familiar nas escolas de Ensino Básico e Secundário, bem como junto dos serviços de saúde e acção social dos estabelecimentos de Ensino Superior.



Dedicados aos mais jovens, há igualmente Gabinetes de Apoio à Sexualidade Juvenil ou Centros de Atendimento a Jovens (CAJ) junto das Delegações Regionais do Instituto Português da Juventude, que atendem os mais novos com dúvidas nesta área.




Para além disso, existem associações, como a Associação para o Planeamento da Família ou a Associação Família e Sociedade, que também prestam aconselhamento sobre planeamento familiar, quer através de centros de atendimento presenciais quer mediante uma linha de atendimento telefónico.





Todos estes prestadores de serviços de planeamento familiar funcionam em horários diferentes e em dias úteis distintos, por isso o utente deve tentar perceber qual o dia mais apropriado para se dirigir até ao local.


Planeamento Familiar por Telefone:










Dada a sensibilidade dos assuntos relacionados com o planeamento familiar, muitos cidadãos preferem recorrer a este tipo de serviços através do telefone. Tal como nas consultas presenciais, as pessoas que fizeram chamadas para linhas de atendimento vêem o seu anonimato assegurado.




Os serviços telefónicos são:





  • 808 222 003 é o número da “Sexualidade em Linha”, um serviço do Instituto Português da Juventude que dá auxílio sobre sexo, contracepção, gravidez, infecções sexualmente transmissíveis, e desenvolvimento ou crescimento emocional e afectivo, entre as 10:00h e as 19:00h, nos dias úteis, e as 10:00h e as 17:00h, aos sábados.



  • “Dificuldades Sexuais” da Sociedade Portuguesa de Andrologia - 808 206 206;



  • “Centro Aparece”, Centro de Atendimento a Jovens da Lapa - 21 393 24 77;



  • Associação Ilga - Portugal (apoio à homossexualidade) - 21 887 61 16;



  • DROP - IN (apoio à prostituição) – 21 885 32 49;



  • Linha da Menopausa – 800 201 805;



  • Centro de Apoio a Jovens em Coimbra - 808 200 429.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Consequências do Aborto

Quais as consequências de um aborto voluntário?


O aborto poderá ter consequências a dois níveis, ao nível psicológico e/ou ao nível físico.



Consequências psicológicas


Ø Trauma
Ø Stress
Ø Depressão
Ø Problemas em futuras relações
Ø Remorsos
Ø Arrependimento
Ø Desamparo/desespero
Ø Incapacidade de se auto-perdoar
Ø Raiva
Ø Ansiedade
Ø Tentativas de suicídio
Ø Disfunção sexual
Ø Consumo de tabaco, álcool e drogas
Ø Desordens alimentares
Ø Sentimentos de culpa
Ø Medos
Ø Pesadelos




Consequências físicas


Ø Dor intensa
Ø Morte
Ø Infecções
Ø Hemorragias
Ø Coágulos de sangue
Ø Endometrite (inflamação da mucosa uterina)
Ø Perda de peso e apetite
Ø Vómitos
Ø Choro e nervosismo
Ø Cancro da mama, cervical, dos ovários e do fígado.
Ø Febre/suores frios
Ø Perfurações e lacerações uterinas e cervicais
Ø Doença pélvica inflamatória
Ø Esterilidade
Ø Choques e comas
Ø Exaustão e Insónias




O aborto não é uma solução fácil para um grave problema. Deve ser ponderado e analisado e só depois decidir de forma o mais consciente possível.



Aborto


“O aborto na adolescência tem crescido, nos últimos anos na mesma proporção que a gravidez. De 1 milhão de adolescentes de 10 a 19 anos que ficam grávidas a cada ano, mais de 200.000 abortam. A maioria é da classe média.”


A vida humana é inviolável e deve ser protegida. Com os recursos actuais, o aborto por decisão unilateral, sem mais explicações, só porque não se quer ou não se deseja ter um filho, não parece uma atitude eticamente correcta nem desejável face aos meios disponíveis para evitar ter filhos.





O que é o aborto?


O aborto ou a interrupção voluntária da gravidez é a remoção ou expulsão prematura de um embrião ou feto do útero, resultando na sua morte. Provoca o fim da gestação e consequentemente o fim da vida do feto mediante técnicas médicas e cirúrgicas.







Onde e como se faz o aborto?




Quando a mulher tem intenções de fazer uma Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG), tem de se dirigir ao seu Centro de Saúde.
A equipa que a receber tem, em primeiro lugar, de efectuar um teste de gravidez, caso a mulher ainda não o tenha feito, para confirmar a mesma.
De seguida é marcada uma consulta para o seu médico de família onde será efectuado o historial pessoal e clínico. Estes dados são inseridos num programa comum com o Hospital.
Já no Hospital, têm lugar as consultas. Em cada uma, serão efectuados diversos exames e ponderadas algumas situações.






Consequências de uma Gravidez

Consequências da Gravidez:



“Todos os anos mais de 70 mil crianças e adolescentes do sexo feminino morrem devido a complicações durante a gravidez e o parto”.

Toda gente pensa que na Gravidez na adolescência apenas pode causar danos físicos, mas estão muito enganados…

Poderão haver vários tipos de consequências tais como:



  • Consequências orgânicas
  • Consequências psicológicas
  • Consequências sociais
  • Consequências associadas à decisão de abortar







Consequências orgânicas:
  • Os riscos para a mãe e bebé são mais elevados;
  • São mais frequentes as anemias e alterações de peso durante a gestação;
  • O crescimento uterino pode ser menor que o habitual
  • As probabilidades de complicações durante e após o parto são também maiores.



Consequências psicológicas:

  • Maior incidência de baixa auto-estima;
  • Stress e depressão;
  • Abandono escolar que pode levar à frustração, quer nas raparigas, quer nos rapazes;
  • Potencial rejeição por parte do parceiro;
  • Sentimentos de culpabilidade pelo rapaz.
  • Consequências sociais:

  • Consequências sociais:
  • Abandono escolar;
  • Dificuldade de inserção no mercado de trabalho;
  • Alterações nas rotinas das relações sociais.



Consequências associadas à decisão de abortar:

  • Se o processo de aborto for clandestino o, as consequências podem ser graves (hemorragias, infecções ou a própria morte).

domingo, 24 de maio de 2009

Métodos Contraceptivos Mecânicos

DIU (Dispositivo Intra Uterino):


Pequeno aparelho em metal e/ou plástico, que é introduzido no útero e que aí permanecerá até acabar a sua validade (3 a 5 anos).
O DIU torna o muco da cavidade uterina menos propício à presença dos espermatozóides e/ou impede a nidação, ou seja, a implantação do embrião nas paredes do útero.


Diafragma:


É uma cúpula de borracha fina, montada sobre um anel de metal flexível recoberto de borracha. É introduzido na vagina, sobre o colo do útero, pela mulher, antes da relação sexual. Este método impede que os espermatozóides atinjam o útero e cheguem às trompas de Falópio.






Preservativo feminino:


Invólucro de borracha que se coloca no interior da vagina.
Estes preservativos impedem que os espermatozóides possam chegar às trompas de Falópio.







Preservativo masculino:


Saco de borracha muito fino (látex), descartável, que é desenrolado sobre o pénis erecto, antes da relação sexual.
Este método não protege só a gravidez, tem a vantagens de proteger também as DST’S (doenças sexualmente transmissíveis).


Métodos Contraceptivos Químicos

Pílula


Comprimido feito à base de hormonas sintéticas que são similares às hormonas femininas produzidas naturalmente pelos ovários (estrogénios e progesterona).
A pílula impede a ovulação e, consequentemente, uma gravidez. Existem vários tipos de pílulas, pelo que deverá ser um médico a aconselhar qual a mais indicada.
É um método bastante eficaz desde que não existam esquecimentos, a ingestão de outros medicamentos que possam anular o seu efeito e à ocorrência de episódios de vómitos ou diarreia.



Pílula do dia seguinte


Consiste na toma duma pílula especial nas 72 horas seguintes ao acto sexual (duas tomas com um intervalo de 12 horas). Quanto mais cedo for o início do tratamento, maiores serão as probabilidades de sucesso.
Não deve ser utilizada como método contraceptivo mas apenas numa situação de emergência, por causa da elevada concentração de hormonas.




Injecções hormonais


Injecções constituídas por hormonas que se vão libertando de modo contínuo durante determinado tempo (geralmente são de três meses).






Implante


É uma pequena vareta do tamanho de um fósforo que é colocada sob a pele, no lado interno da parte superior do braço.
Vai libertando lentamente uma hormona que evita a libertação mensal de ócitos II do ovário. Também evita que o esperma alcance o útero.


Adesivo



Trata-se de um adesivo fino, bege, que pode ser usado em quatro áreas do corpo: as nádegas, peito (excluindo os seios), costas ou parte externa do membro superior.
Contém hormonas que são rapidamente libertadas através da pele para a corrente sanguínea durante sete dias. Cada adesivo deve ser mudado semanalmente durante três semanas, seguido por uma semana “sem adesivo”, quando aparece a menstruação.



Espermicidas

São produtos químicos que podem ser apresentados sob a forma de espuma, creme ou óvulos.
Destroem ou imobilizam os espermatozóides, inibindo a sua passagem para o útero. O espermicida deve ser introduzido na vagina antes das relações sexuais.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Métodos Contraceptivos Naturais

Método do calendário

Este método consiste em anotar durante mais ou menos 1 ano a duração dos ciclos menstruais. Uma vez feita esta contagem, tem de se subtrair ao ciclo mais curto (18 dias) e ao ciclo mais longo (11 dias). A partir do momento em que estes resultados estão encontrados, o intervalo entre ambos, do menor para o maior, indica o espaço de tempo no qual a mulher se encontra no período mais fértil dos seus ciclos, onde ocorre a ovulação e é mais provável que aconteça uma gravidez. Por exemplo, imaginemos que uma mulher contabilizou o seu ciclo mais curto com 26 dias e o seu ciclo mais longo com 30 dias. Então: 26 – 18 = 8 e 30 – 11 = 19. Isto quer dizer que os dias mais férteis desta mulher são entre o oitavo e o décimo nono dia do ciclo, dias em que não deve ter relações sexuais ou, querendo-o, terá de utilizar um outro método contraceptivo. Convém não esquecer que o primeiro dia do ciclo é o primeiro dia em que aparece a menstruação.


Método do muco cervical

O muco é uma substância gelatinosa, produzida pelas glândulas do colo do útero que sofre alterações ao longo do ciclo menstrual. Na altura da ovulação adquire uma aparência de clara de ovo com grande elasticidade. Este muco facilita a entrada de espermatozóides no útero.
Se uma
mulher
quiser utilizar este método para contracepção deverá, todas as manhãs, observar se tem muco na vulva e como é a sua aparência.


Método da temperatura

A Temperatura basal do corpo de uma mulher (medida logo ao acordar, sempre à mesma hora, antes de comer e sem ter feito esforço muscular tirando a temperatura na boca, no recto ou na vagina, usando sempre o mesmo termómetro), é variável durante o seu ciclo. Assim, a temperatura nos dias entre a ovulação e a menstruação seguinte sobe cerca de 2 a 5 décimos de grau. Então, só três dias depois desta subida de temperatura ter acontecido, é que é menor o risco da mulher engravidar.
Não nos podemos esquecer de uma situação importante, que são as variações de temperatura que o nosso corpo pode ter, como por exemplo, no caso de ter febre ou de alterarmos a hora de dormir. Não podemos esquecer que para usar este método como contracepção, temos de conhecer bem o funcionamento do nosso corpo.

Coito Interrompido

O coito interrompido consiste em retirar o pénis da vagina antes da ejaculação.
Não é um método
contraceptivo, mas sim uma prática muito pouco segura que, além de poder dar origem a uma gravidez, provoca ansiedade em ambos os parceiros podendo também ser causa de futuros distúrbios psicosexuais.
Recordaremos também que, antes da ejaculação se produz uma pequena emissão de líquido proveniente das glândulas de Cowper, não visível por nenhum dos parceiros, mas que, no entanto, pode conter espermatozóides.